Sindicato denuncia que viaturas da PSP têm circulação restrita e não podem ser abastecidas
Fim do contrato de abastecimento levou a que fossem dadas ordens para que deixem de haver patrulhas. Viaturas só devem circular quando forem chamadas para uma ocorrência.
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O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) denunciou esta segunda-feira restrições na circulação das viaturas da PSP devido "à proibição no abastecimento do combustível", situação que a direção nacional atribuiu a um problema com os contratos de fornecimento.
O presidente do Sinapol, Armando Ferreira, explicou à TSF que foi alertado para sucedido por colegas, mas a situação é de tal forma inédita que teve dificuldades em acreditar nela.
"Hoje, ao longo do dia, e iniciou-se logo de manhã, vários elementos da polícia informaram o sindicato que tinham recibo ordens da sua hierarquia policial local de que não poderia efetuar abastecimento às viaturas policiais", disse.
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Armando Pereira revelou que ao sindicato chegaram "emails que comprovaram as ordens superiores". "Começámos a receber os emails que estavam na origem de tudo isto, que era que as viaturas estavam proibidas de circular com exceção de resposta de ocorrências. Os abastecimentos não podiam acontecer e que se uma viatura ficasse sem combustível, tinha de ser informado", acrescentou.
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Para o sindicalista, medidas como esta "põem em causa a segurança pública, põem em causa tudo o que é policiamento".
Contactada pela Lusa, a direção nacional da PSP referiu que os carros não estão proibidos de abastecer, mas existem restrições devido a "questões burocráticas" relacionadas com a renovação do contrato de fornecimento de combustível no início do ano, devendo o problema estar resolvido entre hoje e terça-feira.
Segundo a direção nacional da PSP, todas as viaturas da PSP foram abastecidas no último dia do ano. O Observador avança que, em causa, está o facto de não ter havido ainda "visto do Tribunal de Contas (TC)", necessário para revalidar o acesso ao combustível no ano 2022.
O contrato de fornecimento com a GALP terminou em 2021 e os três processos, escreve o jornal online, foram enviados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna ao TC entre 7 e 15 de dezembro. A resposta do tribunal foi a de que precisava de mais esclarecimentos, que ainda não obteve.