Sindicato denuncia tratamento inadequado de cadáveres no Centro Hospitalar Lisboa Central
O Sindicato dos Médicos da Zona Sul diz ter conhecimento de "graves irregularidades" no tratamento de cadáveres de doentes Covid-19.
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O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) denunciou, este domingo, o tratamento inadequado de cadáveres de doentes Covid-19 no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), além da falta de condições de trabalho dos profissionais de saúde.
"Graves irregularidades na manipulação de cadáveres de doentes Covid-19 falecidos no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central atentam contra a dignidade de doentes com infeção por SARS-CoV-2 e seus familiares. (...) No Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, após o falecimento de doentes com Covid-19, tem sido frequente o atraso na recolha do corpo, muito além do tolerável nesta situação", pode ler-se no comunicado do Sindicato dos Médicos da Zona Sul.
A nota dá conta de serviços de saúde sobrecarregados, desorganização e escassez de recursos humanos, tanto de médicos como de outros profissionais de saúde. Toda esta pressão, provocada pela pandemia, tem feito com que alguns cadáveres permaneçam várias horas na enfermaria onde morreram, muitas vezes ao lado de doentes internados.
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"O Sindicato dos Médicos da Zona Sul tomou conhecimento desta situação, ao que tudo indica não recente, e aparentemente não só com o conhecimento do Conselho de Administração (CA) do CHULC, como também agravada por este, ao admitir a suspensão da recolha de cadáveres durante o período noturno. Esta situação constitui uma violação inaceitável das boas práticas em caso de falecimento", explica o sindicato.
Ao denunciar "a impreparação deste CA", o SMZS pretende uma "maior atenção" e "pronta resposta" por parte do Ministério da Saúde.
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