Sindicato dos inspetores do trabalho admite que pode demorar a verificar empresas com ilegalidades
A presidente do Sindicato dos Inspetores do Trabalho está tranquila em relação ao número de inspetores.
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A presidente do Sindicato dos Inspetores do Trabalho, Carla Cardoso, afirmou à TSF que está tranquila em relação ao número de inspetores, mas admite que o trabalho de verificar se todas as 80 mil empresas em causas corrigiram ilegalidades pode levar tempo.
"Posso dizer que esses 350 mil trabalhadores, bem como todos os outros restantes trabalhadores, podem ficar descansados porque os inspetores de trabalho são profissionais que têm muito o seu espírito de missão, que tudo farão, obviamente, para resolver a situação de quem necessita de nós. Admito que possam haver demoras na resolução e admito que isto vai ser um processo complicado até de gerir para os próprios trabalhadores. Porquê? Vai demorar com as visitas inspetivas, vai demorar, eventualmente, ouvir pessoas, vai implicar pedidos de documentos, análise desses documentos e, obviamente, que tudo isto tem de ser feito com critério, com rigor, tal como nós costumamos fazer. Isto tem que ser uma intervenção calma e tranquila, não obstante a sua urgência", garantiu Carla Cardoso.
Na opinião da responsável é preciso que a Autoridade para as Condições do Trabalho defina prioridades.
"Temos um quadro praticamente preenchido. Seremos à beira de 500 e, portanto, está preenchido em termos humanos. Agora penso que neste momento o que será importante é passar criar ao serviço inspetivo um backoffice de apoio ao nível de pessoal administrativo e a nível de técnicos superiores que possa fazer alguma triagem, algum trabalho administrativo e que nos liberte tempo para aquilo que efetivamente somos precisos, que é a análise da precariedade dos trabalhadores. Tanto quanto sei não existe previsão de contratação nem de técnicos superiores, nem de administrativos", acrescentou à TSF a presidente do Sindicato dos Inspetores do Trabalho.
A sindicalista Carla Cardoso confessou também esperar que não seja preciso chegar a uma requisição civil.