Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospital "razoavelmente satisfeito" com Sérgio Janeiro para presidente do INEM
À TSF, Rui Lázaro destacou a "abertura" do atual presidente interino do INEM, assim como a sua capacidade em "aceitar propostas" do sindicato
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O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) está “razoavelmente satisfeito” com o desempenho do presidente interino do INEM, Sérgio Janeiro e, por isso, não fica incomodado caso este acabe por assumir a presidência do instituto.
“O STEPH notou uma grande mudança para melhor desde a saída do anterior conselho diretivo do INEM para o atual, nomeadamente na abertura em ouvir os representantes dos trabalhadores e no aceitar de propostas para melhorar as condições dos técnicos”, disse à TSF o presidente do STEPH, Rui Lázaro.
Questionado sobre as mortes das últimas semanas alegadamente devidas ao tempo de espera no INEM, Rui Lázaro considerou que, apesar disso, Sérgio Janeiro continua a ser um nome aceitável para assumir a presidência do instituto.
"Aliás, nós atribuímos a principal responsabilidade dos casos trágicos dos últimos dias sobretudo ao conselho anterior que durante muitos anos tentou desvalorizar as nossas denúncias”, argumentou Rui Lázaro.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, anunciou esta segunda-feira que Sérgio Janeiro será um dos candidatos ao concurso que está a decorrer para presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica. A ministra reiterou ainda que está a "fazer tudo" para, num "curtíssimo prazo", dar as respostas necessárias para "devolver ao INEM a capacidade de resposta, capacidade assistencial".
O Ministério Público (MP) abriu sete inquéritos às mortes possivelmente relacionadas com falhas no socorro do INEM.
Além dos inquéritos abertos pelo MP, as falhas no socorro por parte INEM, designadamente atrasos no atendimento de chamadas, motivaram igualmente a abertura de um inquérito pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).
A demora na resposta às chamadas de emergência agravou-se durante a greve de uma semana às horas extraordinárias dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH), que no dia 4 de novembro coincidiu com a greve da função pública.
A greve dos TEPH acabou por ser suspensa após a assinatura de um protocolo negocial entre o Governo e o sindicato do setor.