"Clima de instabilidade" no SEF. Sindicato exige nomeação de um diretor nacional
O Sindicato da Carreira de Inspeção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras diz só conseguir garantir a qualidade da segurança se houver a nomeação imediata de um novo diretor nacional.
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O presidente do Sindicato da Carreira de Inspeção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Acácio Pereira, defende que a instabilidade no serviço tem de acabar e exige a nomeação imediata de um novo diretor nacional.
"Nós exigimos que seja nomeado de imediato um diretor nacional para o SEF. Só assim poderemos continuar a garantir a segurança e a qualidade da segurança que temos garantido", adianta em entrevista à TSF.
Desde a morte de Ihor Homeniuk, nas instalações do SEF, no aeroporto de Lisboa, já se demitiram quatro inspetores com funções de chefia ou coordenação. O caso mais recente é o do coordenador do gabinete de inspeção dos SEF, João Ataíde, que esta terça-feira foi visado pela declarações do ministro da Administração Interna no parlamento. Eduardo Cabrita revelou que o inspetor estava a ser alvo de um processo disciplinar, uma vez que, dias depois do assassinato de Ihor Homeniuk, prestou informações que vieram a ser contrariadas.
Acácio Pereira diz que "depois das declarações do senhor ministro, esta era uma decisão expectável" e sublinha que "há um clima de instabilidade nos serviços que não é possível continuar da maneira que está".
"Um serviço de segurança tão importante para o país como o SEF necessita de estabilidade e essa estabilidade tem de lhe ser dada naturalmente pelo Governo que tem responsabilidade nesta matéria", remata.