Sindicatos contra intenção do governo em travar progressões na função pública
A Frente Comum considera a medida uma afronta que vai merecer uma resposta firme dos trabalhadores. A FESAP vai pedir uma audiência ao ministro das Finanças.
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Os sindicatos não gostaram da intenção do governo em travar as progressões automáticas na função pública. O jornal Público escreve na edição desta segunda-feira que o executivo está a preparar uma reestruturação das carreiras na administração pública, que pode acabar com as progressões automáticas dos trabalhadores do Estado. Em vez disso, a aposta vai passar por prémios e promoções, numa medida que o executivo quer ter em vigor a partir do OE de 2018.
Até lá, a medida deve ser negociada com os sindicatos e os partidos de esquerda, que sustentam o governo PS. A FESAP, Federação de Sindicatos da Administração Pública, já anunciou que vai pedir uma audiência ao ministro das Finanças, para perceber afinal, quais são as intenções do governo.
José Abraão diz que a confirmar-se a notícia, é uma traição do Estado.
Por parte da Frente Comum, Ana Avoila fala também num balde de água fria para os funcionários públicos.
A sindicalista entende que se se trata de uma afronta, um roubo por parte do governo e garante que os trabalhadores não vão ficar de braços cruzados. Inaceitável, diz a coordenadora da Frente Comum, que promete uma oposição firme à proposta do governo.
A presidente do STE, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, Helena Rodrigues, diz que prefere esperar para ver, mas diz que não podem ser os trabalhadores da administração pública a pagar a CGD, Novo Banco e BPN.