Se os problemas se mantiverem, os professores admitem continuar a luta no próximo ano letivo.
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Sem respostas aos problemas dos professores, nove organizações sindicais, reunidas esta quarta-feira em Coimbra decidiram avançar com mais greves até ao final do ano. Segundo, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, "feito o ponto de situação", vão avançar com "greves aos exames nacionais e às avaliações finais".
"E mais: também decidiram que, se mesmo assim chegarmos ao final do ano letivo, do ano escolar que já vai para além do letivo, e os problemas se mantiverem, no início do ano letivo, os professores cá estarão para continuar a sua luta", afirmou.
Ainda assim, Mário Nogueira afirma que, "até à véspera do início de qualquer uma das greves, sejam exames ou avaliações", as organizações sindicais estão "absolutamente disponíveis para se sentarem à mesa das negociações e comprometermo-nos todos com a resolução de problemas".
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"E esse compromisso poderá levar a que, como o senhor ministro [da educação] gosta de dizer, o ano se conclua num clima de pacificação. Mas agora já não depende de nós. De nós dependia o entregarmos, ou não, os pré-avisos de greve. Iremos apresentá-los. Agora está na mão do senhor ministro da educação e do governo fazer com que de facto não seja necessário aí chegar".
Sobre a possibilidade de serem pedidos serviços mínimos, o secretário-geral da Fenprof diz que, se assim for decretado, irão ser cumpridos.
Os professores estão agora centrados nos protestos de 6 de junho, a data que coincide com os 6 anos, 6 meses e 23 dias que os professores reclamam de tempo congelado. "Um dia irrepetível e emblemático para os professores", diz Mário Nogueira, esperando uma leitura do que acontecer.
"O Ministério da Educação vai ler - nós temos a certeza que vai ter que interpretar - que os professores estão insatisfeitos e vão continuar a lutar, porque a dimensão da greve do dia 6.6.2023 vai ser enorme".
Para a próxima terça-feira além da greve nacional, está prevista uma manifestação, de manhã, no Porto e à tarde em Lisboa.
Face a algumas dúvidas de professores, Mário Nogueira afirmou que para dia 6 de junho "não há serviços mínimos, nem sequer foram pedidos".
"É um dia que tem provas de aferição, mas que não têm serviços mínimos".
Além da Fenprof, incluem esta plataforma organizações sindicais de docentes como a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), a Federação Nacional da Educação (FNE), a Pró-Ordem dos Professores (Pró-Ordem), o Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep), o Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (Sinape), o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu) e o Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (SEPLEU).