Os sindicatos receiam que o protesto possa ser perturbado pela presença de infiltrados. Um receio justificado pela existência de grupos nas redes sociais que estão a mobilizar pessoas para se juntarem à manifestação.
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O dirigente da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais dos Serviços e Forças de Segurança receia que o protesto desta tarde, que vai terminar em frente à Assembleia da República, possa ser perturbado pela presença de infiltrados.
O secretário nacional, Paulo Rodrigues, sublinha que há grupos nas redes sociais da Internet que estão a mobilizar pessoas para se juntarem aos polícias.
Uma presença que pode ou não ser pacífica e que justifica, para Paulo Rodrigues, o reforço dos agentes da PSP que vão fiscalizar a manifestação.
A Comissão Coordenadora Permanente não tem dúvidas que a manifestação de hoje vai ter muito mais polícias do que o protesto de novembro. De fora de Lisboa vão chegar pelo menos 60 autocarros. Paulo Rodrigues espera mais de 10 mil pessoas e explica que uma das novidades é a presença em massa de militares da GNR.
Sobre o reforço do dispositvo policial à volta da manifestação, César Nogueira, da Associação dos Profissionais da Guarda acredita que poderá ter um efeito contraproducente.
Contactada ontem pela TSF, a PSP disse que está a preparar a operação em torno da manifestação de hoje como faz relativamente a qualquer outra iniciativa com características idênticas e que os meios serão os adequados.
A manifestação das forças de segurança, que os sindicatos estimam que vai reunir cerca de 15 mil profissionais, vai concentrar-se no Marquês de Pombal, em Lisboa, e às 17:30 segue em desfile para a Assembleia da República.