Sismo de 5.3 em Portugal: IPMA atualiza para seis réplicas, Marcelo elogia "muito boa coordenação" entre Governo e Proteção Civil
Não há registo de vítimas ou danos. O abalo foi sentido um pouco por todo o país, com maior impacto nas regiões de Lisboa e Setúbal. Acompanhe na TSF
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O Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) atualizou na tarde desta segunda-feira o número de réplicas do sismo que abalou todo o país durante a madrugada para seis.
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O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse esta segunda-feira que "só 10%" dos edifícios da capital precisam de reforço antissísmico, sublinhando que o município está a fazer uma avaliação há dois anos.
"Estamos a avaliar a nível sísmico todos os edifícios, porque é importante sabermos onde estão os perigos", frisou Carlos Moedas, recordando que "mais de 50% [dos edifícios] foram construídos antes de haver regras antissísmicas". O autarca acrescentou que também já foram identificados os viadutos em maior risco e que as 28 escolas que passaram do Estado para a CML "vão ter reforço do ponto de vista sísmico".
Quando ocorre um sismo, sobe a debate o estado das construções mais antigas, edificadas quando a legislação neste tema era quase inexistente ou pouco eficiente. Em declarações à TSF, a engenheira civil Flávia Prado destaca que a falta de legislação até há pouco tempo pode constituir um problema: "Toda a gente vive numa casa. E a maioria das pessoas hoje [segunda-feira] sentiu alguma coisa, pelo menos. Eu senti e fiquei preocupada, bastante preocupada. Mas, quando falamos em construções em Portugal, nós tivemos uma legislação muito deficiente até há muito pouco tempo. E não foi porque nós tivemos maus construtores ou maus profissionais da área", explica ainda.
Para a engenheira luso-brasileira, seria importante que o Estado "se preocupasse em dirigir alguma parte do orçamento para o reforço sísmico dos edifícios", nomeadamente dos mais antigos. E atira: "Já vamos tarde neste pensamento."
O comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, confirma que o sismo teve magnitude de 5.3 e ocorreu às 05h11 e avança que foram sentidas três réplicas, com magnitudes de 1.2, 1.1 e 0.9 na escala de Richter.
“Não há registo de danos pessoais nem materiais”, garante o responsável, sublinhando que a situação está agora numa “fase de monitorização”.
André Fernandes indica ainda que, durante a manhã, houve um “pico de chamadas” para vários agentes de Proteção Civil.
O comandante da Proteção Civil explica ainda que “este sismo não reúne critérios para ativação dos planos especiais para este tipo de eventos”.
“Só são ativados os planos a partir de 6.1 na escala de Richter”, diz, sublinhando que esta é uma “situação perfeitamente normal” dentro da “capacidade de resposta operacional” habitual dos “diferentes agentes de Proteção Civil".
O Presidente da República apelou esta segunda-feira a um debate sobre a proteção sísmica na "construção de grandes obras públicas", considerando que é possível "aprender-se mais" sobre a resposta aos sismos.
Em declarações aos jornalistas após um encontro com Paulo Rangel - primeiro-ministro em funções durante a ausência de Luís Montenegro - no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou, após fazer um balanço dos efeitos do sismo, deve seguir-se um debate "sobre a construção de obras públicas" e que é possível "aprender-se mais" na resposta a estes fenómenos.
Após reunião com Paulo Rangel, primeiro-ministro em funções, Marcelo Rebelo de Sousa elogia a "muito boa coordenação entre o Governo e a Proteção Civil, muito poucos minutos depois de ter sabido e de ter ocorrido o sismo", negando falhas na comunicação das autoridades com a população.
“A notícia importante, como o senhor primeiro-ministro em funções confirmou, é que até ao momento não há registo de danos patrimoniais e pessoais”, diz o chefe de Estado, O Presidente da República refere que outro dos pontos positivos é que "as réplicas pareciam ter uma tendência decrescente", recordando a réplica de 1969.
“A mensagem é muito simples: serenidade, tranquilidade e normalidade. Quem andar por Lisboa verifica isso e é um começo de semana normal, natural, sem razões de preocupação particular", considera.
Marcelo apela ainda à reflexão sobre prevenção sísmica. “Pode aprender-se mais", reconhece, apelando a “um debate sobre a construção de obras públicas em que genericamente há precauções”, assim como à aposta na formação de crianças e jovens sobre o que fazer em caso de sismo.
O sismo de 5.3 desta madrugada foi registado ao largo de Sines, cidade onde se encontra um dos mais importantes portos nacionais. A infraestrutura é essencial para o país no que toca ao abastecimento energético, com a receção de crude e gás natural. Em declarações à TSF, José Luís Cacho, presidente do conselho de administração dos Portos de Sines e do Algarve, que gere a infraestrutura, afirma que, apesar do abalo, o porto esteve sempre a funcionar normalmente.
Fazendo um ponto de situação após o sismo que foi sentido um pouco por todo o país, com maior impacto em Lisboa e Setúbal, o ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro em funções, Paulo Rangel, considera que o terramoto traz uma “vantagem colateral” para que se fale sobre as estratégias de prevenção.
“Olhamos para isto como um teste real no caso de uma catástrofe de maior dimensão”, explica, sublinhando que as autoridades passaram no teste. “Desde as 05h14 estivemos em contacto estreito com o ministro da Administração Interna e com o comandante da Autoridade Nacional da Proteção Civil", adianta, elogiando a forma como as várias autoridades “reagiram nos primeiros minutos de forma a garantir que, caso fosse preciso, todos os meios estariam ativados para responder às necessidades".
O primeiro-ministro em exercício reitera que “não houve danos materiais nem vítimas pessoais a registar”. Rangel pede que não se especule e apela à serenidade: “Não é uma escala que faça sequer ativar nenhum plano."
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, agradeceu a prontidão da Proteção Civil e das autoridades no acompanhamento do sismo que esta segunda-feira ocorreu ao largo de Sines e destacou "a serenidade da reação do povo português".
"Agradeço a prontidão da Proteção Civil e autoridades no acompanhamento do sismo ocorrido ao largo de Sines. Realço a serenidade da reação do povo português. Sem alarmismos, continuaremos a trabalhar na prevenção e capacidade de reação para garantir a segurança de todos", escreveu Luís Montenegro, numa reação divulgada na rede social X.
O sismo ocorrido esta madrugada em Portugal teve uma intensidade máxima de IV/V na escala de Mercalli, ou seja, graus entre moderada a forte, e já teve quatro réplicas, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
O professor Miguel Miranda, geofísico e ex-presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), considera que não há motivos para entrar em pânico na sequência do sismo de 5,3, registado esta madrugada ao largo de Sines e sentido um pouco por todo o país, especialmente em Lisboa e Setúbal.
Em declarações à TSF, Miguel Miranda recorda que, no mesmo local, ocorreu no século XIX um sismo que teve forte impacto na região de Setúbal. O professor afirma que não existe qualquer motivo concreto para se recear que este terramoto seja o prenúncio de algo mais grave, mas não se deve esquecer que Portugal está localizado numa região sísmica.
"À partida, essa situação [algo mais grave], não sendo completamente impossível do ponto de vista da geologia e de situações raras que se conhecem noutros locais do mundo, este sismo apenas traduz a aproximação tectónica entre África e Eurásia, que é muito bem conhecida, mas não vou dizer que isso é completamente impossível. Claro que pode acontecer", afirma.
"Até ao momento foram registadas quatro réplicas de pequena magnitude, não tendo nenhuma delas sido sentida pela população", refere o IPMA em comunicado, acrescentando que o sismo de magnitude de 5,3 na escala de Richter foi registado às 05h11 nas estações da Rede Sísmica do continente, com epicentro a cerca de 60 quilómetros a Oeste de Sines.
O Presidente da República apelou, esta segunda-feira, à "calma" na sequência do sismo de 5.3 registado ao largo de Sines e que foi sentido, pelo menos, na região de Lisboa e Setúbal. Em declarações à TSF, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou ainda a mobilização das entidades públicas, que reagiram "imediatamente" para informarem a população a tempo e horas.
Para já, não há registo de danos ou feridos. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera indicou que o sismo de 5.3 teve epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines.
A Proteção Civil não tem registo de vítimas nem danos de maior, uma hora depois do sismo moderado, de 5,3 na escala de Richter, registado esta madrugada ao largo de Sines.
A Proteção Civil recebeu, contudo, um elevado número de chamadas telefónicas, da zona do Alentejo até Coimbra.
Um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado esta madrugada ao largo de Sines, avançou o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA).
De acordo com o IPMA, o epicentro do abalo foi registado às 05h11, a 58 quilómetros a oeste de Sines.
O sismo registado esta segunda-feira de madrugada ao largo da costa portuguesa foi sentido na Andaluzia, especialmente nas províncias de Huelva e Sevilha, informou o Instituto Geográfico Nacional (IGN).
O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado às 05h11 e teve epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal, não causou danos pessoais ou materiais até ao momento, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O Governo apelou esta segunda-feira à população para que mantenha a serenidade e siga as recomendações da proteção civil na sequência do sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter com epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines.
O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado às 05h11 e teve epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal, e não causou danos pessoais ou materiais até ao momento, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
