Foi detetado um esquema de lavagem de dinheiro com recurso a desempregados inscritos no site de emprego. A Polícia Judiciária está a investigar o caso. É uma notícia do Jornal de Notícias desta quinta-feira.
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O esquema usava oferta fictícias de emprego para entrar em contacto com desempregados, que depois eram aliciados a lavar dinheiro ganho nas atividades criminosas.
O Jornal de Notícias conta que, no final da semana passada, alguns dos inscritos receberam mensagens de telemóvel com o remetente "NetEmprego" e uma alegada oferta de emprego, à qual deveriam responder via email.
O site NetEmprego, do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), dá conta de uma empresa de logística sediada em Valongo, com vários certificados para dar "credibilidade" à falsificação.
Porém, uma pesquisa da morada através do Google Maps revela que, naquele endereço, existe apenas uma bomba de gasolina, ou seja, a empresa angariadora de trabalhadores no site não fazia mais do que tentar a angariação de mulas de dinheiro - um cúmplice de cibercrimes que permitem lavar dinheiro proveniente, por exemplo, do acesso indevido a contas bancárias. É cumplice sabendo ou não no que participa.
No esquema, agora descoberto, o criminoso faz a transferência para uma série de "mulas" e oferece uma comissão para que transfiram o dinheiro recebido, via Western Union, para o autor do crime. Assim, as autoridades têm dificuldade em seguir o rasto ao dinheiro e identificar o criminoso. Mas a "mula" pode ser chamada a responder por esse desvio e condenada pelo crime.