"Situação dramática" em Trancoso: fogo ameaça aldeias, autarca teme que pessoas não sejam retiradas a tempo

O incêndio em Trancoso reativou-se e mobiliza oito meios aéreos e mais de 500 operacionais, depois de ter estado circunscrito ao início da manhã deste domingo, de acordo com a Proteção Civil. O autarca Amílcar Salvador adiantou, à TSF, que "há uma série de habitações em risco" e foi necessário acionar o Plano Municipal de Emergência.

"É de facto uma situação muito complicada e muito triste, temos uma série de habitações novamente em risco. (...) Não sabemos se há algumas pessoas, de certa forma, encurraladas. Esperemos que não, mas há muito vento, temperatura está elevada e há várias frentes ativas", disse o presidente da Câmara Municipal de Trancoso.

Amílcar Salvador referiu ainda que a situação "agravou-se" durante a tarde deste domingo e foi já necessário ativar o Plano Municipal de Emergência: "Aguardamos mais meios aéreos. (...) A situação é grave, dramática e têm sido 24 horas de luta."

O alerta deste incêndio que lavra em Frexes, no concelho de Trancoso, distrito da Guarda, foi dado pelas 17h21 deste sábado, dia 9, e durante a manhã deste domingo entrou em fase de resolução. Durante a tarde, voltou a ser um dos fogos que mais preocupa as autoridades e agora "nem há certeza" de que vão conseguir retirar todas as pessoas da aldeia a tempo, adiantou o autarca.

Já em declarações à agência Lusa, o comandante Nuno Seixas garantiu que "estão a adotar as medidas que considerarem necessárias. Seja para as confinar na povoação ou para as retirar". Em causa estão as localidades de Rio de Mel, Rio de Moinhos, Venda do Cepo, Celintrão, no concelho de Trancoso, distrito da Guarda.

Num novo balanço, às 19h00 na TSF, o autarca de Trancoso disse que a situação está "melhor" e deu conta de vários estabelecimentos encerrados. Por esta hora, o incêndio mobilizava 574 operacionais apoiados por 188 veículos e seis aeronaves.

Notícia atualizada às 19h19