"Situação dramática." PCP insiste no controlo de preços de bens essenciais e da energia
Entrevistada na TSF, a líder parlamentar Paula Santos acusou o Governo do PS de "subordinação" aos grupos económicos ao não ter avançado ainda com a tributação dos lucros extraordinários.
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Face à perda do poder de compra e às "dificuldades acrescidas" que o PCP encontra na vida dos trabalhadores e dos reformados, a líder parlamentar comunista Paula Santos defende que é necessária "uma resposta estrutural" que não está a ser dada pelo Governo.
"Aquilo que se tem verificado por parte do Partido Socialista é um caminho de não ir ao encontro daquilo que são as necessidades, mas sim uma subordinação àqueles que são os interesses dos grupos económicos," acusa Paula Santos, citando como exemplo o facto de o executivo não ter avançado ainda com a tributação dos lucros extraordinários.
O PCP insiste na necessidade de "controlar os preços, seja de bens essenciais, seja do setor energético", denunciando a "total falta de vontade política" do executivo socialista.
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Apesar de o PS insistir que a maioria absoluta não irá significar falta de diálogo, o PCP, que chegou a viabilizar Orçamentos do PS, encontra agora uma "falta de disponibilidade" do Partido Socialista para encontrar soluções de consenso com a esquerda.
"A questão que se coloca é ao serviço de quê e ao serviço de quem, é que o Partido Socialista quer colocar a maioria absoluta que tem," desafia Paula Santos.
A valorização de salários, a recuperação do poder de compra e o reforço do SNS permanecem prioridades para o PCP, neste início de sessão legislativa : "não desistiremos de intervir sobre aquilo que consideramos que é justo e que faz falta no nosso país," garante a líder da bancada comunista.