SMS de alerta sobre apagão não chegou? Proteção Civil diz que "operadoras não tinham condições de responder em tempo útil"
O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, José Manuel Moura, refere que este foi um "evento inédito e desconhecido" e a prioridade foi dada aos hospitais
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Nos primeiros esclarecimentos depois do apagão de segunda-feira, o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, José Manuel Moura, esclarece que não foi possível enviar SMS aos portugueses, uma vez que as operadoras não conseguiam dar resposta.
"As três principais operadoras não estavam em condições de poder responder em tempo útil. Essa mesma mensagem, no período do verão, aquando dos incêndios florestais, volvidos poucos minutos, é recebida por todos nós. Não foi possível porque, não havendo energia, as próprias operadoras ficaram limitadas naquilo que era a sua capacidade de resposta. Não tem a ver com a nossa capacidade de decisão, a decisão foi tomada em tempo útil. A decisão da difusão é que foi uma questão técnica que as operadoras não conseguiram garantir", explica José Manuel Moura.
Foi por essa razão que os SMS só chegaram a alguns telemóveis ao início da noite. Num cenário como este, sublinha, a prioridade foi dada aos hospitais.
"O nosso empenhamento foi total naquilo que tinha a ver com as situações críticas. Sabemos bem a preocupação que era garantir o abastecimento aos hospitais e, portanto, muito sinceramente, foi isso que nos preocupou", confessa, rejeitando as críticas de falhas na comunicação com os portugueses.
"Nós usámos outras formas de aviso à população através da comunicação social, o nosso gabinete de comunicação social colocou no nosso site, a primeira entidade a colocar alguma informação no site foi a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Todas as outras formas ficaram comprometidas com a falta de energia", acrescenta.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil admite que ainda não são conhecidas as causas do apagão, um "evento inédito e desconhecido", que não teve vítimas registadas em Portugal.
