SNS a "sangrar" profissionais. PCP pede novo hospital central para o Alentejo
João Oliveira reforçou a importância do futuro Hospital Central do Alentejo, que deverá ser construído em Évora, para evitar que os alentejanos tenham que recorrer às unidades de saúde de Lisboa. O projeto está em fase de concurso, e as obras deverão começar em 2020.
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O "negócio da doença" está a retirar médicos ao Serviço Nacional de Saúde, que optam pelo privado, lesando regiões como o Alentejo. A denúncia foi esta manhã pelo deputado João Oliveira durante as jornadas parlamentares do PCP.
João Oliveira falava na sequência das queixas exibidas por um gastrenterologista do Hospital de Évora, que assumiu falhas no serviço, como resultado da escassez de recursos humanos, resumidos a cinco pessoas.
"Falhamos nas consultas, porque mesmo esticando a corda ao máximo, penso que não haverá muitos hospitais em que os gastrenterologistas tenham oito horas de consultas, mas, para cem mil habitantes, não dá. Falhamos nas técnicas de endoscopia terapêutica, falhamos nas técnicas de endoscopia base, falhamos nas urgências porque os colegas estão estafados", justificou o médico Rogério Godinho, para quem as carências tornam impossível à unidade de saúde eborense assumir o papel de hospital central para o Alentejo.
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O gastrenterologista revelou como é difícil atrair profissionais ao Alentejo, sobretudo, perante a concorrência que Lisboa oferece no setor privado, levando João Oliveira a reclamar medidas que permitam fixar médicos no Interior, e considerando também que o Serviço Nacional de Saúde está a ser "sangrado de profissionais", pelo que designou de "negócio da doença".
O deputado reforçou a importância do futuro Hospital Central do Alentejo, que deverá ser construído em Évora, para evitar que os alentejanos tenham que recorrer às unidades de saúde de Lisboa. Recorde-se que o projeto está em fase de concurso, perspetivando-se que possa entrar em obra ainda em 2020.