"Só o fim da guerra é solução." PS apela ao restabelecimento do direito internacional
O partido socialista condena o ato de guerra, que tem originado "perdas irreparáveis para o povo ucraniano".
Corpo do artigo
O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, apelou esta sexta-feira ao fim da guerra na Ucrânia e da "grosseira violação do direito internacional" por parte da Rússia.
"Para nós, só o fim da guerra é solução", defendeu o número dois dos socialistas numa mensagem vídeo por ocasião do primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.
Para João Torres, a União Europeia, Portugal e o mundo "não podem senão exigir uma paz abrangente e duradoura", bem como o "restabelecimento célere e pleno do direito internacional".
O número dois do PS voltou a condenar o "ato de guerra absolutamente ilegítimo" que tem originado "perdas irreparáveis para o povo ucraniano".
"Desde a primeira hora solidarizámo-nos com o povo ucraniano, condenando sem hesitações esta grosseira violação do direito internacional e defendendo a afirmação clara dos princípios de soberania e integridade territorial da Ucrânia", declarou.
João Torres considerou que "as previsões do regime autocrático" russo "não só não foram alcançadas como demonstraram reveses significativos".
"A Ucrânia demonstrou uma capacidade extraordinária de resistir à ofensiva e aqueles que apostaram na divisão no seio da União Europeia enganaram-se", afirmou, lamentando os impactos sociais e económicos da guerra, que "continuam a exercer uma enorme pressão sobre a Europa e cada um dos seus países".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.199 civis mortos e 11.756 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.