Na apresentação do livro de António José Seguro "Compromissos para o futuro", Soares lançou rasgados elogios ao candidato a líder do PS, mas assegura que se mantém equidistante.
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Mário Soares garante que se mantém neutro: «Não apoio nem ele [Seguro] nem o Assis por que acho que ambos serão bons. É como perguntar, qual dos dois filhos gosta mais? Eles não são meus filhos, mas podiam quase ser».
Mas durante a apresentação do livro de António José Seguro foram largos os elogios traçados. Soares começou por lembrar que trabalhou com o agora candidato à liderança do PS no Parlamento Europeu durante 5 anos.
«Durante cinco anos conhece-se muito bem uma pessoa. Eu já o conhecia bastante bem passei a admirá-lo e a ter por ele uma altíssima consideração», disse.
Mário Soares lembra a história. Guterres, que era primeiro-ministro, viu o governo numa situação complicada e pediu ajuda a Seguro. Soares deu-lhe um conselho.
Seguro veio para Portugal e deixou Bruxelas para vir ocupar o cargo de ministro adjunto de António Guterres.
«Foi qualquer coisa de extraordinário, poucas pessoas o teriam feito - até porque os ordenados de um deputado europeu comparados com os de um ministro português eram como do dia para a noite», contou.
Do próprio Seguro ficou o alerta para a necessidade de aproximar a política dos cidadãos, numa sala cheia de caras conhecidas do PS, algumas que não se viam há muito tempo, como a de Jorge Coelho. Maria de Belém, a nova líder parlamentar, também marcou presença.