O PS conquistou nas autárquicas de domingo 137 municípios, o PSD um total de 100, dos quais 18 em coligações com o CDS e outros pequenos partidos, quando faltam ainda apurar 71 freguesias e 25 presidências de câmara.
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Com estes resultados, o PS, que conseguiu sozinho 136 câmaras e mais uma em coligação, na Madeira, já superou o melhor resultado de sempre em número de câmaras, o de 2009, quando conquistou 132 presidências de municípios.
Pelo contrário, o PSD poderá obter o seu pior resultado de sempre, em termos globais de presidências de câmara obtidas sozinho e coligado, ficando abaixo das 114 conseguidas em 1989.
A CDU conseguiu já 30 presidências de câmara, mais duas do que as 28 de 2009, o CDS-PP passa de uma para cinco e o BE perde a sua única câmara.
Até ao momento, os grupos de cidadãos conseguiram 11 presidências de câmara, com destaque para o independente Rui Moreira, que, apoiado pelo CDS-PP, conquistou o município do Porto, derrotando o socialista Manuel Pizarro e o social-democrata Luís Filipe Menezes.
Em Lisboa, o atual presidente, o socialista António Costa, conquistou um novo mandato, desta vez com uma maioria absoluta histórica.
Entre as principais câmaras que mudam de mãos, destaque para: Évora, Beja e Loures, que passam do PS para a CDU; Braga, socialista desde o 25 de Abril, e que agora foi conquistada por uma coligação que inclui PSD e CDS; a Madeira, onde o PSD perdeu sete das 11 câmaras; Coimbra, que pertencia ao PSD/CDS e foi reconquistada pelo socialista Manuel Machado; Guarda, que passou do PS para o PSD; Vila Real e Covilhã, do PS para o PSD.
As eleições de domingo registaram, segundo os dados provisórios, uma taxa de abstenção de 47,36%, a mais alta de sempre em autárquicas, confirmando uma tendência crescente desde o escrutínio de 1982. Até agora a taxa mais alta de sempre registou-se em 2009, com 41%.