Sobe para 47 o número de detidos na operação da PJ que investiga burla na Segurança Social Direta
Em comunicado enviado à TSF, o Instituto da Segurança Social assegura que já atribuiu um apoio excecional a algumas das vítimas. No total foram atribuídos apoios excecionais a 167 famílias
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A Polícia Judiciária (PJ) deteve mais duas pessoas no âmbito da Operação Constelações, que não descarta que a burla informática a centenas de pensionistas tenha na base um ciberataque e admite que possam ainda surgir mais vítimas.
“Há aqui várias perspetivas e linhas de investigação que nós não podemos desprezar, porque é preciso perceber se estes dados foram colhidos junto das vítimas, se estes dados saíram, eventualmente, de um compromisso interno, ou, naturalmente, não desprezamos de igual forma, que tenha havido um ciberataque sobre as infraestruturas da Segurança Social e que uma base de dados com ‘usernames’ e com ‘passwords’ pudessem ter sido expostas na internet ou na ‘dark web’”, disse aos jornalistas o diretor da unidade da PJ responsável pela investigação.
Em comunicado enviado à TSF, o Instituto da Segurança Social assegura que já atribuiu um apoio excecional a algumas das vítimas. No total foram atribuídos apoios excecionais a 167 famílias. Para que as vítimas possam ser ressarcidas, têm de comprovar que fizeram uma queixa-crime junto de órgão de polícia criminal.
O diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T), Carlos Cabreiro, falava aos jornalistas numa conferência de imprensa na sede da PJ, em Lisboa.
A PJ anunciou esta quarta-feira ter detido 45 pessoas – a que entretanto se juntaram mais duas detenções, tendo por isso o número subido para 47 - no âmbito de uma investigação de burla que lesou centenas de utentes da Segurança Social Direta, que viram as suas prestações sociais desviadas para contas bancárias dos suspeitos.
