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Num comentário a um estudo português sobre orgasmo feminino precoce, a presidente desta sociedade entende que não se pode falar em disfunção sexual.
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A presidente da Sociedade Portuguesa de Sexualidade Clínica pediu cautela na análise do estudo português sobre o orgasmo feminino precoce, chamando à atenção para o facto de a amostra de 500 mulheres ser reduzida.
Ouvida pela TSF, Ana Alexandra Carvalheira diz que não se pode falar em disfunção sexual e refere que a maioria das mulheres procura ajuda especializada porque não consegue atingir o orgasmo.
«Há mulheres que têm orgasmo em dois, três minutos. Com uma estimulação adequada para essa mulher o orgasmo pode ser muito rápido. Por outro lado, há mulheres que têm exactamente o contrário: muita dificuldade com o orgasmo. É isto que recebemos na nossa prática clínica», explicou.
Para Ana Alexandra Carvalheira, o problema maior está nas mulheres que nunca tiveram orgasmo, por causa do «medo da entrega» e da «dificuldade em entregar-se ao prazer com mecanismos de controlo muito rígidos».
A presidente desta sociedade explicou ainda que a «mulher pode decidir atrasar ou acelerar o momento do orgasmo» mesmo depois podendo pensar que poderia ter acontecido noutra altura, o que, na opinião de Ana Alexandra Carvalheira, «não é significativo, de forma alguma, de um problema».