Na abertura do XVII Congresso Nacional do PS, o líder socialista disse não ter medo do «julgamento democrático dos portugueses» e frisou que quer «honrar a confiança dos portugueses».
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O secretário-geral do PS frisou, esta sexta-feira, na abertura do XVII Congresso Nacional socialista, que não teme as próximas eleições e recordou que não é dos que «fogem» ou dos que «viram a cara às dificuldades».
«Não tenho medo das eleições, nem do julgamento democrático dos portugueses. Lutarei, com alegria, pela vitória», acrescentou José Sócrates, que indicou que quer «honrar a confiança dos portugueses».
No seu discurso, o líder socialista disse ainda que a escolha nas eleições de 5 de Junho será entre um «Governo liderado pelo PS ou um Governo liderado pelo PSD» e defendeu que os «votos desperdiçados à nossa Esquerda são votos que favorecem o caminho da direita para o poder».
«O sectarismo, a cegueira contra o PS do PCP e Bloco de Esquerda levaram-nos, primeiro, à apresentação de moções de censura contra o Governo e depois a aliarem-se à Direita para derrubar o Governo e oferecer à Direita a oportunidade para conquistar o poder», explicou.
Numa crítica ao PSD, o também primeiro-ministro considerou ainda que os «portugueses percebem muito bem que esta crise política foi um desastre, uma inconsistência, uma total irresponsabilidade».
«E sabem que se alguém é capaz de prejudicar assim o seu país apenas para satisfazer os seus interesses partidários é porque não está à altura das responsabilidades deste momento e não está à altura para liderar o Governo de Portugal», adiantou.
Para Sócrates, a «direcção do PSD terá as eleições que tanto desejou», mas «uma coisa é ter eleições, outra é ganhá-las».
«Para ganhar eleições é preciso merecê-lo e esta crise política mostrou que esta direcção do PSD merece tudo menos ganhar eleições», concluiu.