Sem comentar a reacção de Cavaco Silva ao acordo sobre a ajuda externa, José Sócrates fixou como objectivo o aumento do contributo das exportações no PIB para 40 por cento.
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O secretário-geral do PS assinalou o contributo das exportações para o PIB em 2008 e 2010 e fixou o objectivo de aumentar ainda mais este contributo nos próximos anos, no dia em que Cavaco Silva falou na necessidade do aumento das exportações.
«Em 2008, tivemos o maior contributo das exportações para o PIB (32 por cento). Nunca tal tinha acontecido. Em 2010, recuperámos e estamos de novo nos 30 e poucos por cento. Nos próximos anos, temos de atingir os 40 por cento», sublinhou José Sócrates, em Faro.
Sem querer comentar a reacção de Cavaco Silva ao acordo sobre a ajuda externa, o líder socialista falou em energias renováveis e educação como bandeiras do seu governo e enfatizou que não é só o rosto da crise mas que já foi o rosto de muitas coisas, incluindo de boas políticas no país.
«Sou rosto de muita coisa apenas porque já fiz muita coisa. Aos que me acusam de ser um rosto disso, pergunto: 'afinal de contas os que me acusam são o rosto de quê?' Digam-me qual foi a coisa que fizeram na sua vida política que os autoriza a poder invocar a condição de ser 'sou o rosto disto ou daquilo'», questionou-se.
Sócrates aproveitou ainda para considerar que as sondagens, que dão um empate técnico entre PS e PSD para as eleições de 5 de Junho, «espelham a ideia de que aqueles partidos e lideranças que provocaram uma crise política, completamente evitável, não agiram em favor dos interesses do nosso país».
«Agiram a pensar nos seus interesses. Pois vão ter uma surpresa, uma grande surpresa», concluiu o líder do PS, que entende que sublinhou que os militantes se têm de preparar para o combate político relativo às eleições marcadas para daqui a menos de um mês.