Os restos mortais da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen serão trasladados para o Panteão Nacional, em Lisboa, a 2 de julho, disse à agência Lusa fonte do grupo de trabalho criado para definir a cerimónia.
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A trasladação vai acontecer no dia em que passam dez anos da morte da escritora e o programa oficial já está definido. A fonte do grupo de trabalho confirmou à Lusa que o percurso para a trasladação - do cemitério de Carnide para o Panteão Nacional - incluirá passagem pela Capela do Rato, onde decorrerá uma missa, e pela Assembleia da República.
No Panteão Nacional está prevista uma atuação da Companhia Nacional de Bailado e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos e José Manuel dos Santos, diretor cultural da Fundação EDP e amigo da família da escritora, fará uma leitura na cerimónia.
Contactada pela agência Lusa, Maria Andresen, filha da escritora, afirmou que faz mais sentido que a trasladação aconteça a 2 de julho e não a 25 de Abril - como chegou a ser falado -, tendo em conta até que «neste momento se recusa a presença dos militares do 25 de abril [na Assembleia da República]. Mais vale a minha mãe estar fora disso, das comemorações».
Em fevereiro, a Assembleia da República aprovou por unanimidade a concessão de honras de Panteão Nacional à poeta e a criação de um grupo de trabalho para determinar a data e o programa da trasladação
Nascida no Porto em 1919, Sophia de Mello Breyner Andresen foi a segunda mulher a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.