Sorteio por lugar para vender castanhas no Porto transforma-se "numa batalha campal"
À TSF, o autarca Nuno Cruz firma que nunca tinha presenciado uma situação como esta e que está "ainda meio nervoso".
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Dezenas de ambulantes envolveram-se, esta quinta-feira, "numa batalha campal" na sequência de um sorteio de licenças para venda de castanhas, no Porto. À TSF, o presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto, Nuno Cruz, criticou a resposta da PSP e descreveu um cenário "muito complicado".
"O ano passado correu muito bem, mas este ano o sorteio acabou e as pessoas desentenderam-se todas e começou ali uma batalha campal, todos à pancada", começou por contar Nuno Cruz, acrescentado que "foi muito complicado".
"Ainda meio nervoso", o responsável afirma que nunca tinha presenciado uma situação como esta, onde estiveram envolvidas "entre 30 a 40 pessoas".
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"Estas pessoas só fazem isto e se nós temos 14 ou 15 lugares para sortear, aparecerem 64 candidatos, estamos a falar de 50 pessoas que ficam sem lugar", contou.
Questionado sobre o rendimento do negócio das castanhas, Nuno Cruz foi claro: "É fácil fazer contas: "se a dúzia da castanha assada é vendida a três euros e eles venderem cem dúzias por dia, estamos a falar de 300 euros por dia. As pessoas precisam de trabalhar."
No entanto, o que realmente preocupa o autarca é a resposta por parte da PSP.
"Ligo, digo que preciso de ajuda e que sou o presidente da junta. A menina começa: 'Mas quantos feridos são?' E eu: 'Menina, por favor, mande-me um polícia, mande-me um polícia.' Desliga-me o telefone na cara", disse.
Ao lugar do desacato, o INEM foi mais rápido a chegar para assistir os feridos, que, segundo Nuno Cruz, foram cerca de três a quatro.