SOS Racismo diz que autores de cartazes contra a polícia são alvo de discriminação social
A SOS Racismo alega que, quando são forças de segurança, agentes da autoridade ou elementos da vida política a manifestar ideias contra "o Parlamento" ou "os ciganos", tal não é alvo de investigação criminal.
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José Falcão, da SOS Racismo, acredita que abrir uma investigação para identificar autores dos cartazes onde podia ler-se "polícia bom é polícia morto" é mais um caso de discriminação social.
"Quando um polícia, GNR ou membro duma câmara municipal, diz que o Parlamento deve ser incendiado, tem direito à opinião. Quando a polícia e a GNR apelam à morte dos ciganos enforcados, presos ou desterrados têm direito à opinião. Mas, quando um ou dois cartazes aparecem com essas frases escritas, já é um crime." O ativista invocou o direito à liberdade de expressão para defender que os escritos nos cartazes envergados na manifestação antirracismo do Porto não constituem prática de crime.
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Esta segunda-feira a PSP adiantou à TSF que já apresentou uma participação ao Ministério Público "e que estão em curso as diligências para identificar os portadores dos cartazes com dizeres que poderão consubstanciar crimes".