Em Dia de Reis, o setor da panificação espera conseguir atenuar as quebras de faturação registadas este ano.
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A subida de 635 para 665 euros do salário mínimo nacional poderá ditar um aumento do preço de venda do pão, cujo peso e preço são livres.
"O preço do pão é calculado em função dos custos da produção - da matéria-prima, da mão-de-obra e de outras despesas que as empresas têm com o fabrico do pão", explica Ilda Ferreira, da ACIP - Associação do Comércio e Indústria de Panificação e similares.
Em declarações à TSF, a responsável ressalva que como o mercado é livre e cada empresa faz o que quer, por isso é expectável que o preço do pão aumente alguns cêntimos este mês.
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O período das festas de Natal e Ano Novo em pandemia obrigou as empresas a adaptarem-se, introduzindo inovações como "bolos mais reduzidos" (uma vez que as ceias de Natal reuniram menos gente à mesa), produtos novos ou a passibilidade de entrega ao domicílio.
Para 2021, a ACIP prevê uma melhoria, até porque o setor da panificação em Portugal tem conseguido "inovar" e "acompanhar as tendências", graças à "originalidade dos profissionais que trabalham nesta área, nas padarias e pastelarias".
Ilda Ferreira acredita que o Dia de Reis ainda pode atenuar as quebras de faturação registadas este ano, agravadas também pela diminuição das receitas na restauração e hotelaria.
Quanto às preferências dos portugueses para o Dia de Reis, nota-se nos últimos anos uma mudança de hábitos: o bolo-rainha está agora entre os preferidos dos portugueses. "Todos temos vontade de mudar ou experimentar algo novo", justifica.