Subiu para 23 o número de casos de Hepatite A em Setúbal mas a "situação está controlada"
Valentyna Lutsiv, médica de Saúde Pública da Unidade Local da Arrábida, garante que o surto do vírus hepático já infetou 23 pessoas em Setúbal. Os casos foram acompanhados desde o dia 2 de dezembro, o último foi registado esta quarta-feira
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A médica de Saúde Pública da Unidade Local da Arrábida Valentyna Lutsiv explicou que até ao momento todos os casos de Hepatite A foram registados na faixa etária mais jovem, sobretudo entre os três e os 20 anos, sendo que a idade média dos infetados é de 12 anos.
De acordo com a médica, o reforço das medidas preventivas - como higiene das mãos e pessoal - já foi reforçada entre a população. Adianta ainda, em declarações aos jornalistas, que o "maior número de casos foi registado no início de janeiro após a época festiva".
"Neste momento, a nossa curva epidémica está já a decrescer (...) a maior parte dos casos está a evoluir favoravelmente. É uma doença autolimitada, que não precisa de tratamento específico, só temos uma situação, um caso desenvolvido de forma mais grave que neste momento está internado no Hospital Santa Maria", adiantou, ressalvando que a jovem de 12 infetada anos é "saudável".
Ainda assim, a Unidade de Saúde Pública está a avançar com uma campanha de vacinação contra a Hepatite A: "A campanha abrangia só contactos mais próximos, os coabitantes e, neste momento, já estamos a alargar vacinação à comunidade escolar e na comunidade e m geral", menciona Valentyna Lutsiv.
No que diz respeito aos casos registados, a clínica revela que estes surgem em "várias escolas", enquanto que outros têm "relação familiar". Até ao momento, já foram vacinadas 149 pessoas e esta quarta-feira à tarde está prevista mais uma sessão de vacinação, onde estão previstas a administração de mais 52 vacinas.
A médica identifica alguns dos possíveis sintomas que a população deve prestar especial atenção: "Normalmente, são os sintomas de uma gastroenterite - diarreia, vómitos, mal-estar -, a pele e as mucosas podem ficar mais amarelas, a urina pode ficar mais escura e febre."
Caso as pessoas acusem estes sintomas, Valentyna Lutsiv explica que devem "recorrer ao seu médico assistente para obter assistência"
Nas últimas duas a três semanas, o número de casos que registados "diminuiu bastante" e, por isso, a "situação está controlada".
