O Procurador-Geral da República (PGR) revelou hoje que já foi informado do desaparecimento de documentos do Ministério da Defesa, relacionados com o negócio da compra por Portugal de dois submarinos a uma empresa alemã.
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«O DCIAP anda a procura de documentos, não sei se faltam ou se não faltam, realmente foi-me dito que faltavam», acrescentou Pinto Monteiro, que se encontra na capital são-tomense para participar no décimo encontro dos procuradores gerais da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Numa nota divulgada a 22 de agosto, O DCIAP referiu que continuava «a faltar o 'dossier' histórico contendo a documentação relativa aos concursos que antecederam a celebração dos contratos, contrapartidas e financiamentos».
Ainda questionado hoje pela agência Lusa sobre a resposta dada, na terça-feira, pela diretora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP),Cândida Almeida, de que não existem «indícios da prática de ilícitos de natureza criminal» contra o antigo ministro da Defesa Paulo Portas, o Procurador-Geral da República não quis tecer comentários, remetendo o caso para o DCIAP.
«Eu não controlo os processos, quem controla esse processo tem que ser a diretora do DCIAP», disse à Lusa Pinto Monteiro.
Pinto Monteiro, que cessa funções em outubro próximo, disse à Lusa desejar que o presidente português Cavaco Silva «encontre uma pessoa com o perfil que ele entender para seu sucessor».