A despesa do Estado em subsídios aumentou 708,5% no primeiro trimestre de 2021 em comparação com os primeiros três meses de 2020.
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Esta é uma das causas para que o PIB de Portugal apresente uma queda contínua ao longo de 15 meses.
O Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal continua a cair em resultado da pandemia. No primeiro trimestre do ano a queda foi de 0,9%, em cadeia.
De acordo com o relatório desta quinta-feira do INE sobre as "Contas Nacionais Trimestrais" relativo a janeiro, fevereiro e março de 2021, o PIB nominal diminui 0,9%, o mesmo acontecendo com o Rendimento Nacional Bruto (RNB).
"Os resultados apresentados correspondem às estimativas preliminares para o primeiro trimestre de 2021, período em que se verificou um novo confinamento geral, na sequência do agravamento da pandemia", sublinha o INE.
Um agravamento dos indicadores macroeconómicos potenciado pelas despesas das Administrações Públicas já que "tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP no primeiro trimestre de 2021 atingiu menos 2813 milhões de euros, correspondentes a menos 5,7% do PIB, o que compara com menos 1,2% no período homólogo". Ou seja, o défice orçamental do primeiro trimestre do ano situa-se em 5,7% do PIB.
O INE foi desagregar esta despesa e chegou à conclusão que esta se deve ao "impacto de medidas excecionais de apoio à atividade económica no contexto da pandemia de Covid-19. Esta variação foi o resultado de acréscimos nas prestações sociais (4,9%), nas despesas com pessoal (4,5%), no consumo intermédio (8,4%), nos subsídios pagos (708,5%) e na outra despesa corrente (16,3%)".
Deste modo a despesa corrente aumentou 12% e se a despesa aumenta o défice cresce.