Um grupo de superintendentes da PSP enviou, esta sexta-feira, uma carta ao Ministério da Administração Interna na qual alerta para uma situação quase «insustentável».
Corpo do artigo
O Diário de Notícias avança, esta sexta-feira, que a carta foi entregue na semana passada ao Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.
Na carta pode ler-se que «o descontentamento e desmotivação, potenciados pela falta de perspectiva de resolução a curto prazo dos principais problemas da instituição e dos seus profissionais, aproximam-se de níveis insustentáveis, atingindo pessoal de todas as carreiras e começando também a afectar o moral e o normal exercício da função de comando e a colidir com alguns dos principais valores institucionais e deontológicos».
Na carta, os superintendentes dizem que são necessárias decisões politicas urgentes.
Entre os 29 subscritores da carta estão os principais comandantes da PSP do país, como Lisboa, Porto, Setúbal, Braga, Coimbra e Açores. A contestação é apoiada pelo Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia (SNOP).
Ouvido pela TSF, o presidente do SNOP disse que «as questões mais prementes têm a ver de um modo geral com um tratamento altamente discriminatório de que a PSP tem sido alvo relativamente a outras forças e serviços de segurança, nomeadamente pela incapacidade em resolver o pagamento dos retroactivos do reposicionamento remuneratório».
Em causa estão «as nomeações para funções de comando, direcção e chefia em toda a estrutura da PSP que estão por fazer nalguns casos há mais de um ano», lembrou.
Carlos Ferreira disse que está ainda em causa «o desbloqueamento das promoções».
Estas questões devem ser resolvidas pois, «numa instituição hierarquizada como a PSP, são fundamentais para que a cadeia de comando a todos os níveis possa funcionar devidamente», defendeu.