"Não é aconselhável que os pais estejam sempre, sem eles saberem, a consultar o telemóvel deles, porque é uma quebra de confiança", sublinha o pediatra Sérgio Neves. Mas há várias maneiras supervisionar de forma construtiva.
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Perante os perigos a que os adolescentes estão expostos na relação com as novas tecnologias, Sérgio Neves defende que para protegerem os filhos os pais devem supervisionar, mas isso não significa bisbilhotar. Além disso, se querem que os filhos sejam responsáveis, os pais têm de estar atentos e acompanhá-los nas decisões, sublinha o pediatra.
Para estarem bem informados sobre os filhos, Sérgio Neves sugere, por exemplo, um convite aos amigos deles. O pediatra acredita que essa é uma das formas de saber o que se passa. "Os pais saberem quais são os amigos dos seus filhos, o comportamento que eles têm com os seus filhos e convidá-los a ir lá a casa ajuda a que consigam ter muitas informações que muitas vezes não conseguem ter só com os filhos", assegura.
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O pediatra reconhece que há situações em que é preciso consultar o telemóvel dos filhos, mas considera que mesmo nesses casos é importante informá-los e dizer: «Eu vou ter que ver o teu telemóvel porque existe esta suspeita, há um perigo, e, portanto, estou preocupado. O meu dever é proteger-te, por isso, vou fazer isto.» "É diferente de eles virem a saber que os pais foram às escondidas ver o telemóvel", explica o pediatra.
Para Sérgio Neves, supervisionar às claras é a melhor forma de promover a autonomia e a responsabilidade, além de ajudar a construir relações de confiança.