Suplemento único equiparado ao da PJ podia variar entre entre 621 e 882 euros conforme a graduação.
Corpo do artigo
Criar um suplemento único para os profissionais da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR), comparativo ao atribuído à Polícia Judiciária (PJ), custaria de euros por ano aos cofres do Estado.
As contas do Governo são reveladas esta manhã pelo Diário de Notícias e pelo Correio da Manhã, que citam fontes próximas do processo.
O cálculo teve como base um suplemento de risco de 15% para os oficiais da GNR e da PSP e de 10% no caso de guardas e sargentos da GNR e chefes e agentes da PSP.
Para além deste valor variável, o Governo pondera ainda avançar com uma verba de 100 euros na componente fixa do suplemento de missão.
A GNR e a PSP têm atualmente um conjunto de oito suplementos. Caso fosse adotado, o valor total do suplemento único (incluindo a componente variável e fixa) poderia variar entre 621 e 882 euros.
Os protestos das forças de segurança por melhores condições de trabalho e salariais começaram há mais de duas semanas.
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, manifestou o desejo de que os suplementos reclamados por PSP e GNR sejam incorporados na base remuneratória, apesar de assumir que terá de ser um trabalho para o próximo Governo.
"Este é um trabalho que deve ser feito e concluído na próxima legislatura e por parte do próximo governo e que, do meu ponto de vista, deve ter duas dimensões estruturais: comparar as funções e a natureza das forças e serviços de segurança, bem como dos órgãos de polícia criminal, no que tem que ver com a estrutura de remuneração de base e, depois, também estabelecer uma comparação entre os diferentes suplementos das forças e serviços de segurança e dos órgãos de polícia criminal", disse José Luís Carneiro este sábado.