A cantora partilhou o palco com dois amigos de longa data, Pedro Melo Alves e João Hasselberg, para a apresentação do seu álbum mais recente.
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"Voltar ao Super Bock é sempre muito, muito especial", quem o diz é cantora portuguesa Surma, que adianta um "cheirinho" daquilo que tem preparado para o terceiro álbum, alertando os fãs que podem esperar "um single novo e talvez uma live session em trio e em solo" para daqui a "um mês e tal".
A artista falou com a TSF após ter aberto o último dia do Super Bock Super Rock e fez um balanço positivo do concerto, apesar de ter tocado às 17h25, um horário que nem sempre reúne a maior quantidade de festivaleiros.
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"Tocar no Super Bock já é uma oportunidade daquelas do outro mundo. Nem que fosse à uma da tarde eu estava aqui a dar 100%, aquilo que costumo dar sempre", assegura.
A cantora destaca as "caras diferentes" e desconhecidas que se juntaram na plateia para assistir ao concerto, um ajuntamento que considerou "muito bom".
"Às vezes perde-se um bocadinho aquela barreira de festival e público e tentamo-nos ligar dessa maneira mais humana à música, o que é um bocado difícil às vezes. Acho que correu bastante bem, foi muito bom", conclui.
Uma "fã" assumida do evento, voltar ao festival do Meco é, para Surma, "voltar a casa", até porque a primeira vez que o pisou foi "em 2009".
"Foi incrível voltar ao Super Bock pela segunda vez para apresentar o novo álbum, em trio, estava muito nervosa e foi incrível. Não estava nada à espera de ter tantas pessoas àquela hora, foi cedo, e ter aquelas pessoas tão queridas e muitos amigos na plateia foi muito especial", conta.
A cantora partilhou o palco com dois amigos de longa data, Pedro Melo Alves e João Hasselberg, para a apresentação do seu álbum mais recente intitulado "Alla", um experiência que já ambicionava há alguns anos.
"Este álbum ao vivo, em trio, é um power muito diferente daquilo que eu toco a solo. Também adoro tocar a solo, mas é um concerto completamente diferente", assegura.
Surma confessou ainda que quis assumir "uma roupagem completamente diferente" para este álbum e tocar com os músicos é "um safe space [lugar seguro]".
"Não estou assim tão preocupada, tenho ali dois rapazes para me darem ali um equilíbrio e é muito muito bom tocar com eles. Temos uma química muito única entre os três e é muito bonito poder passar isso para as pessoas, espero que sintam o mesmo que nós sentimos em palco", diz.
Destacando o caráter "complexo do disco, no que toca à estrutura e à instrumentalização ao vivo e arranjos ao vivo, a artista sublinha que está "sempre a aprender coisas novas em palco".
"Nós estamos a descobrir sempre sons novos, sempre maneiras novas de tocar as músicas. Hoje escolhemos uma maneira nova de tocar uma música ao vivo nova e estamos sempre a aprender como é que podemos fazer isto o mais fácil possível e o mais viável possível", considera.
Sobre o que o festival tem para ofereceu, Surma confessa-se entusiasmada para ver "L'Imperátrice e Mollinex", lamentando ainda não ter conseguido "apanhar" Irma e Ezra Collective.
A artista revala ainda estar "muito orgulhosa" da "coleção tão bonita de música tão eclética que se está a fazer em Portugal, tanto do rock, ao pop, ao punk, ao eletrónico ou ao jazz".
"Eu tento estar sempre atualizada e é bom isso estar a acontecer, perco-me um bocadinho no que se anda a passar na música portuguesa e é bom sinal. É sinal de que se anda a fazer muita coisa boa. Isso é incrível".
A cantora destaca que o Super Bock Super Rock tem dado a oportunidade de dar a conhecer "gente mais emergente", algo que considera "inacreditável".