Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia alerta para os riscos da doença do legionário.
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O presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, António Morais, defende que é urgente encontrar a fonte do surto de legionella que já provocou a morte a sete pessoas e que está a afetar os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, no distrito do Porto.
O caso já está sob um inquérito promovido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto mas, em declarações à TSF, António Morais sublinha que este é um "problema de saúde publica" que tem de ser resolvido "rapidamente, através da descoberta da fonte que está contaminada".
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"Estas situações não deveriam acontecer, estes surtos têm de ser evitados", realça. Para tal, é necessário "um tratamento correto dos sistemas de água e de saunas, situação em que há colunas de água que devem ser tratadas para que isto não aconteça".
A doença do legionário - causada pela legionella - não se transmite de pessoa para pessoa mas, à semelhança da Covid-19, a utilização de máscara pode ajudar na proteção contra a bactéria.
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"A população que está naquela zona, usando máscara, está mais protegida", garante António Morais. Ainda assim, "tem de haver um trabalho de saúde pública para encontrar a fonte, essa é a principal questão".
A doença do legionário "é uma pneumonia que pode ser grave em pessoas com determinadas características, como doentes com patologia respiratória crónica, fumadores ou indivíduos com mais de 50 anos" e tem associada "uma mortalidade elevada".