A linha de crédito para estudantes do Ensino Superior com garantia mútua está suspensa. A entidade que gere este sistema diz que se trata de uma decisão «temporária».
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Na Internet, as instituições bancárias continuam a anunciar o crédito para estudantes universitarios com garantia mútua; porém, nos balcões, a informação é de que o produto que permite financiar os estudos com o Estado como fiador está suspenso.
Ouvido pela TSF, o presidente da SPGM - Sociedade de Investimento, a entidade que gere o Sistema de Garantia Mútua em Portugal, disse que se trata de uma suspensão «temporária», condicionada pelas negociações com o Ministerio da Educação para o prolongamento da linha de crédito para este ano lectivo.
A linha de crédito permite aos bancos a concessão de um credito com um montante máximo de 5000 euros por ano e começa a ser amortizado um ano depois do estudante ter terminado o curso.
O crédito é concedido com o aval do Estado, que todos os anos transfere para o fundo cerca de 2,5 milhões de euros, dinheiro público que permite a concessão de perto de 4000 créditos por ano.
O programa é reconhecido no estrangeiro, um facto que leva José Ramos de Figueiredo a acreditar que o Governo tem todo o interesse em prosseguir com o programa, apesar de admitir que o futuro é uma incógnita.
Contactado pela TSF, o Ministério da Educação e do Ensino Superior explicou que, desde Maio do ano passado, que a Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua pediu ao Governo o pagamento de cerca de cinco milhões de euros, dinheiro esse que não foi pago pelo anterior Executivo.
Por isso, acrescentou, o actual Executivo está a tentar reunir condições para, o mais rápido possível, pagar o montante em atraso.