Suspensos por quatro dias alunos que terão sodomizado criança de 11 anos em Vimioso
Mãe recusa mudar a criança para uma escola de outro concelho e os exames hospitalares realizados ao menino foram inconclusivos, mas ainda se aguarda os resultados das perícias do Instituto de Medicina Legal.
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Os oito alunos suspeitos de terem agredido sexualmente um rapaz de 11 anos no agrupamento de escolas de Vimioso, no distrito de Bragança, foram suspensos por quatro dias pela direção, apurou a TSF junto de fonte do Ministério da Educação. A suspensão começou esta terça-feira e termina na sexta-feira.
Os suspeitos das agressões, que terão acontecido no dia 19 de janeiro, têm entre 13 e 16 anos de idade e no grupo de alegados responsáveis inclui-se o irmão da vítima. Nesse mesmo dia completou 16 anos, pelo que poderá responder criminalmente pelo episódio.
O caso está a ser investigado pelo Ministério Público e, apurou a TSF junto de fonte hospitalar de Bragança, os exames realizados à criança deram resultados inconclusivos. Ainda não se conhecem os resultados dos exames periciais solicitados ao Instituto de Medicina Legal, no Porto.
O rapaz de 11 anos terá sido sodomizado com um vassoura no interior da escola, mas a direção continua sem se pronunciar sobre o assunto.
Em declarações à TSF, o presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Vimioso, António Santos, afirmou que foi proposta à mão da criança em questão a transferência para uma escola de outro concelho, uma vez que não há alternativas no mesmo município.
Assim, e porque a deslocação teria de ser para Bragança ou Miranda do Douro, implicando viagens para frequentar as aulas, a mãe não aceitou a solução. António Santos insistiu na hipótese junto da mãe, mas esta “não encara isso como solução” e sim como “um grande problema”.
“A criança, diz ela, está habituada a esta escola e tem lá os seus amigos, embora conviva – o que é lamentável, não podemos evitá-lo – com os seus agressores”, reconheceu.
Estava prevista para esta manhã uma reunião da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens com os pais dos alunos envolvidos, mas esta acabou por ser cancelada, dado que o caso já está nas mãos do Ministério Público.
Até ao momento, também ainda não foi possível obter declarações da associação de pais daquela escola sobre este caso.
