Plano de reestruturação na companhia aérea portuguesa prevê redução de postos de trabalho e pode obrigar à redução de rotas e da frota.
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A TAP vai perder mais de 300 funcionários de diferentes funções nos próximos meses. A companhia aérea deixou de renovar contratos a prazo desde o início da pandemia de Covid-19 e com a reestruturação vai manter a política.
O plano de reestruturação exigido por Bruxelas em troca da ajuda estatal de 1,2 mil milhões de euros, aprovada pela Comissão Europeia a 10 de junho, prevê a redução de 900 postos de trabalho.
Pode ainda obrigar à redução de rotas e da frota, tendo como consequência despedimentos na companhia aérea que emprega cerca de dez mil trabalhadores, revelou ao Jornal Económico fonte próxima do processo.
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Contactada pela TSF, a TAP não confirma mas também não desmente a informação.
Já o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil lamenta conhecer a notícia através da comunicação social.
O presidente Henrique Louro Martins admite que a administração, através do então ainda CEO Antonoaldo Neves, já tinha dado indicações genéricas sobre a não-renovação de contratos, mas não avançou quaisquer números.
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Na terça-feira, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, confirmou que o antigo presidente executivo da companhia, Antonoaldo Neves, ainda se encontra na empresa, mas "não por muito mais tempo".
O governante assegurou então que "até ao final do mês, já temos um novo CEO que se chama Ramiro Sequeira, que é um grande quadro português da TAP", adiantando que a Parpública - empresa gestora de participações públicas - está a concluir um processo de seleção da empresa de 'head hunting' (caça talentos) que irá escolher internacionalmente o futuro líder da TAP.
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