Os dados são do primeiro estudo de impacto realizado pelo ISCTE aos 24 centros de gestão partilhada do IEFP a pedido do governo e levam Miguel Fontes, no adeus ao cargo de secretário de estado do trabalho, a pedir continuidade nesta aposta.
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Formandos, formadores e empresários dão nota positiva à maioria dos 24 centros de formação de gestão participada do Instituto de Emprego e Formação Profissional, que foram alvo do 1º estudo realizado em 40 anos sobre o impacto do trabalho que desenvolvem ao nível do ensino profissional.
O estudo realizado pelo ISCTE a pedido do ministério do trabalho, solidariedade e segurança social, numa altura em que o país gasta cerca de 100 milhões de euros por ano com a formação profissional.
No entender de Miguel Fontes, que cessa funções agora como secretário de estado do trabalho, este é apenas um ponto de partida, dado por uma análise nunca antes feita.
Nesta espécie de radiografia, é reconhecido o contributo dado a competências tecnológicas para o desenvolvimento de alguns sectores, mas noutros, ainda se sugere a adequação de meios à realidade, melhorias na gestão, ou necessidades de abraçar novas áreas de formação.
O objetivo do executivo socialista era alcançar os 29 mil pontos, de formação em todo o país, 14 mil foram concretizados e criados ainda quatro novos centros, desde Sines a Loulé, à Guarda e até ao Porto.
O governante cessante, garante que foram canalizados mais de 230 milhões de euros do PRR para a requalificação deste tipo de infraestrutura
Ao nível do financiamento, este estudo revela ainda que a execução está acima dos 90%, mas deixa algumas sugestões, entre elas, a separação dos custos de pessoal, relativos ao funcionamento dos centros Qualifica.
Com a queda do Governo e a entrada em funções de um novo executivo, a ideia é que este estudo possa servir de futuro, como instrumento de trabalho, para acompanhar resultados de cada unidade, em termos de empregabilidade, impacto setorial, viabilidade e sustentabilidade.
Com este “raio-x” como lhe chama Miguel Fontes, é preciso dar continuidade ao trabalho - “não está terminado” - desejando que a formação contínua seja tema forte de negociações sede de concentração social nos próximos tempos.
O secretário de estado do trabalho, que cessa agora funções, sublinha ainda que “nunca houve constrangimentos financeiros por parte do Governo para esta área da formação. Foram mobilizados os tais 230 milhões do PRR para requalificação deste tipo de centros.
Miguel Fontes remata que o governo pediu este estudo ao ISCTE, porque em 40 anos, nunca tinha sido analisado o impacto dos 24 centros de formação de gestão participada do IEFP.
