O presidente da Câmara de Vouzela lamenta que o Governo tenha decidido manter a data para o fim do sinal analógico de televisão, considerando que o negócio falou mais alto que o interesse das populações.
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O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, anunciou esta tarde que a televisão digital terrestre vai mesmo arrancar a 12 deste mês.
Perante esta decisão, Telmo Antunes, um dos autarcas que pediu ao Governo o adiamento da entrada em vigor do novo sistema, diz que os negócios falaram mais alto do que o interesse das populações e que o ministro desconhece o que se passa no terreno.
«Com certeza que o ministro tomou uma decisão sem estar bem informado. Há aqui três negócios por causa disto tudo: o primeiro é o da televisão digital terrestre que é entregue à PT; o segundo é dos instaladores e das entidades que vendem os aparelhos de transformação; e, o terceiro negócio é a banda que fica liberta com esta TDT», referiu o autarca, acrescentando que «não podem ser as famílias portugueses a pagarem todas estas situações».
O município de Vouzela solicitou o adiamento uma vez que o sistema não garante sinal a todo o concelho. O autarca Telmo Antunes diz que os residentes vão ter de investir num equipamento via satélite que já si por si é caro e mais dispendioso fica com os preços que estão a ser cobrados.
«Garantimos que os instaladores apenas podem cobrar 61 euros [mas] no terreno não é isso que está a acontecer. Portanto, criamos um número verde para receber reclamações das pessoas e das entidades que possam ter problemas, e vamos eencaminha-las para a PT, para a ANACOM, para a provedoria de Justiça, para que as pessoas não fiquem ainda mais prejudicadas», revelou.
Também o autarca de Monchique pediu o adiamento do fim do sinal analógico de televisão.