Técnicos do INEM ameaçam com nova greve caso Governo não corresponda a expectativas salariais
À TSF, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar diz que a hipótese está em cima da mesa caso o Governo não corresponda às expectativas salariais dos trabalhadores. "Estaremos em ações reivindicativas na rua, com certeza"
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Os técnicos do INEM ameaçam com uma nova greve caso o Governo não corresponda às expectativas salariais dos trabalhadores. Em dia de retoma das negociações com o Executivo, em declarações à TSF, Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, adianta que os profissionais ponderam fazer um novo protesto, uma vez que a proposta salarial está aquém do desejado.
“Caso não nos seja atribuída uma remuneração salarial ou valorização da carreira pelo menos superior a outras já negociadas este ano pelo Ministério da Saúde, os técnicos de emergência pré-hospitalar não irão compreender e o regresso aos protestos será inevitável”, afirma. “Estaremos em ações reivindicativas na rua, com certeza."
Citando dados oficiais, o jornal Público avança que mais de 2300 chamadas terão ficado para atender no pior dia de greve, a 4 de novembro. Rui Lázaro diz que este número “não surpreende” e acredita que até pode ter sido maior o número de chamadas que ficaram sem resposta. “Estimamos que esse número possa ser ainda maior se a essas chamadas forem somadas àquelas que não passam pela linha 112 e que vêm diretamente da linha SNS 24 ou dos próprios parceiros do INEM, bombeiros e Cruz Vermelha."
O sindicato avisa que, além da questão salarial, é necessário contratar para que os constrangimentos que aconteceram em novembro não se repitam. Rui Lázaro realça o "esforço suplementar" dos técnicos pré-hospitalar que, em horas extraordinárias, conseguiram dar resposta aos pedidos desde o início do processo negocial.
Contudo, o sindicalista deixa um alerta: “Este esforço não é sustentável durante muito tempo. Ou chegamos, de facto, a um acordo com o Ministério da Saúde, que se efetivará regulação na contratação efetiva dos 200 técnicos que estão agora a concurso, ou então os constrangimentos que nós conhecemos há um mês regressarão sem qualquer sombra de dúvidas”.
