Técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica em greve com “grande indignação”
Tal como a FNAM e o SEP, os técnicos reprovam o trabalho de Ana Paula Martins e alertam que podem avançar com mais protestos
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Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica do Instituto Português de Oncologia (IPO) e do Hospital de São João, no Porto, cumprem um dia de greve, esta quinta-feira.
Os profissionais contestam um melhor sistema de carreiras, o reconhecimento do desempenho e a correta atribuição de pontos.
No início da concentração – que estava marcada para entre as 9h e as 12h em frente ao hospital -, a terapeuta ocupacional Assunção Nogueira, adiantou à TSF que a falta de atribuição de pontos de desempenho significa que não estão a ser contados os anos de serviço destes profissionais e que, por isso, o seu trabalho não está a ser reconhecido.
Luís Dupont, presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), fala numa “grande indignação” por parte destes profissionais. “[Os técnicos] veem outras administrações a tomar a decisão e não terem de ter nenhuma instrução da tutela.”
O dirigente sindical alerta que se o ministério da Saúde não se sentar e negociar com estes profissionais, o sindicato avançará para uma luta nacional no final de outubro. Luís Dupont recorda que houve uma reunião com o Ministério, em julho, e que, até agora, a tutela falhou em todas as promessas.
Numa semana marcada por dois dias de greve dos médicos e dos enfermeiros, convocados pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Luís Dupont afirma que a sua opinião sobre o trabalho da ministra da Saúde Ana Paula Martins “não é muito positiva”. “Neste momento, o Ministério da Saúde e o Governo não estão a cumprir o que tinham prometido com os sindicatos”, sublinha, adiantando que tinha ficado prometido uma reunião negocial das condições salariais e de trabalho para este mês, que não aconteceu.
Com esta paralisação, poderão ser afetados os exames de diagnósticos como análises clínicas, ecografias e raio-X. Atividades nas áreas terapêuticas como as farmácias hospitalares também podem ser afetadas.
