As mudanças previstas para janeiro no mercado das botijas gás afinal só entram em vigor em março. Entidade que regula o sector promete que será mais fácil mudar de marca e poupar dinheiro.
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Qualquer revendedor vai ser obrigado a aceitar botijas de marcas que não vende. E ao preço da garrafa de butano ou propano vai ser preciso descontar o valor que habitualmente fica de gás no fundo da bilha devolvida.
As obrigações anteriores estão previstas numa lei que entra em vigor na próxima segunda-feira (18 de janeiro), mas a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) explica que para já a lei fica à espera de uma regulamentação que só estará pronta em março.
O presidente da ENMC, Paulo Carmona, conta que era inevitável este período de espera pois só conheceram o conteúdo da lei no momento em que ela foi publicada, em outubro de 2015.
O responsável sublinha que as mudanças que estão em marcha são muito importantes e vão dar mais poder de escolha aos consumidores, que mais facilmente poderão trocar de marca e poupar dinheiro.
O mercado de botijas de gás representa 75% do gás consumido em Portugal (apenas 25% dos portugueses têm gás canalizado em casa).
Paulo Carmona acrescenta que o facto de qualquer revendedor ser obrigado a aceitar botijas de marcas que não vende facilita a mudança de fornecedor.
Um revendedor da Galp, por exemplo, passa a ter de aceitar uma garrafa da marca Repsol ou BP, sendo que depois será esse revendedor a entregar na marca de origem a botija que recebeu do cliente, acertando os valores das cauções.
O responsável sublinha que os consumidores poderão a partir de agora responder às promoções das marcas, deixando de estar fidelizados à sua tradicional botija.
Além das mudanças anteriores, Paulo Carmona destaca outra alteração: os condomínios que têm uma botija grande perto do prédio, instalada por uma determinada empresa, poderão, mais facilmente, mudar para outra marca.