"Temos de continuar em protesto." Afinal, polícias municipais não foram recebidos em São Bento
Em declarações à TSF, Pedro Oliveira, do Sindicato Nacional das Polícias Municipais, garante que os sindicalistas agora vão ponderar "novas jornadas de luta", como "uma vigília de 24 horas", até serem recebidos na residência oficial do primeiro-ministro.
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A cumprir esta quarta-feira uma greve de 24 horas, a manifestação que os polícias municipais organizaram em Lisboa terminou na residência oficial do primeiro-ministro, o Palacete de São Bento, com um único objetivo: o de serem recebidos num encontro para o qual estes profissionais chegaram a ser chamados, mas que acabou por não acontecer.
Em declarações à TSF, Pedro Oliveira, o presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais, comprovou que o grupo tinha sido informado de que iriam ser recebidos, mas acredita que pode ter acontecido "um mal-entendido".
"Nós não somos assim tão lerdinhos que não compreendemos que qualquer pessoa pode ir fazer o que nós fizemos, que é entregar um documento dirigido ao chefe do Governo e, para isso, não era preciso escolta policial", ironizou.
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O documento reivindicativo dos polícias municipais foi entregue "a uma funcionária administrativa que estava na receção". Questionado sobre o passo que se segue, o sindicalista adianta que será realizada uma reunião da direção da organização e que vão ser ponderadas "novas jornadas de luta", como "uma vigília de 24 horas", até serem recebidos na residência oficial do primeiro-ministro.
"Alguém tem de nos dizer alguma coisa", defende Pedro Oliveira e, até lá, vão "continuar em protesto". Além da falta de resposta do Governo, os polícias também denunciam a falta de justificações do ministro da Administração Interna, que tem um pedido de reunião por parte dos profissionais de segurança.
A adesão à greve de 24 horas dos polícias municipais para exigir aumentos salariais rondava às 09h30 os 90%, estando mais de 20 esquadras encerradas, disse à agência Lusa fonte sindical.
O sindicalista já tinha referido anteriormente à Lusa que os agentes se sentem "desrespeitados e menosprezados", uma vez que "a sua carreira profissional não está a ser valorizada, lembrando que os profissionais "estão a trabalhar com um salário que dista apenas sete euros do ordenado mínimo nacional".
*Com Lusa