"Temos um grande caminho." Estudo aponta falhas na prevenção secundária de AVC
Neurologista João Pedro Marto alerta para a importância de controlar diabetes, hipertensão arterial e excesso de colesterol.
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O fraco acompanhamento médico posterior a um AVC é um dos principais problemas sentidos pelos doentes em Portugal, de acordo com um estudo esta quinta-feira divulgado: “Ainda temos aqui um grande caminho.”
O neurologista João Pedro Marto, um dos autores do estudo Panorama AVC, explica em declarações à TSF que “é muito importante os doentes depois do AVC terem acesso a uma consulta”.
“Estas consultas podem ser feitas num hospital, mas também no médico de família, que vai ser o pilar da prevenção secundária”, adianta, sublinhando necessário estar atento e controlar diabetes, hipertensão arterial e excesso de colesterol.
João Pedro Marto nota que Portugal está a funcionar “bem” no que diz respeito ao acesso de tratamentos imediatos, mas deixa o aviso: “No final do internamento, na reabilitação e no seguimento da consulta, ainda temos aqui um grande caminho.”
O estudo vai ser divulgado esta quinta-feira no congresso da Sociedade Portuguesa do AVC. Os investigadores traçaram o retrato nacional ouvindo doentes num único dia do ano passado.
Por prevenção, o neurologista João Pedro Marto apela a que todos os portugueses chamem o 112 sempre que um dos três F’s dá sinal: “Alteração da fala, alteração da força e alteração da face.”