Temperaturas de verão, mar de inverno. Autoridade Marítima faz 250 salvamentos em três dias
O porta-voz da Autoridade Marítima Nacional dá conta de quatro desaparecidos. Três em contexto balnear.
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As temperaturas são de verão, mas o mar ainda é de inverno. O alerta é da Autoridade Marítima Nacional que, nos últimos três dias, fez perto de 250 salvamentos. As praias encheram-se com o calor, mas as correntes fortes e os agueiros puseram muitos em perigo.
José Sousa Luís, o porta-voz da Autoridade Marítima, dá ainda conta de quatro desaparecidos. Três em contexto balnear.
"Um jovem que desapareceu no final da tarde de sexta-feira na Praia de Salgueiros, no concelho de Vila Nova de Gaia. No sábado desapareceu também um jovem na Praia de Vieira, no concelho da Marinha Grande e no domingo houve também o desaparecimento de um jovem na água na Praia da Costa Nova, no concelho de Ílhavo. Durante este fim de semana houve também um indivíduo que se atirou à água na zona do Cais do Sodré, no rio Tejo, para tentar salvar alguém que tinha caído à água. Atirou-se ele e outro elemento. Esse outro elemento conseguiu salvar a pessoa que tinha caído à água, mas este entrou em dificuldades e neste momento encontra-se desaparecido", contou à TSF José Sousa Luís.
As buscas para encontrar os quatro desaparecidos continuam e o porta-voz da Autoridade Marítima deixa alguns conselhos para que situações como estas sejam evitadas.
"É preciso ter presente que as temperaturas são parecidas com o verão, mas o mar está de inverno, portanto estamos a assistir um mar de inverno com correntes muito fortes e com grande probabilidade de ocorrência de agueiros, que é a principal causa de afogamento nas praias portuguesas. Além disso é necessário ter presente que a esmagadora maioria das praias portuguesas nesta altura do ano, em que ainda não estamos na época balnear, não se encontra vigiada nem tem qualquer sistema de apoio a banhistas. Tendo em conta a esta situação, a Autoridade Marítima Nacional reitera mais uma vez as seguintes recomendações: vigiar permanentemente as crianças não permitindo que se afastem de um adulto, evitar comportamentos de risco, não virar costas ao mar para não ser surpreendido por alguma onda e caso testemunhe alguma situação de perigo, contactar de imediato o 112 e não entrar para dentro de água", acrescentou o porta-voz da Autoridade Marítima Nacional.