O ministro da Economia recusou hoje a crítica do PS sobre o acordo de concertação social replicando que «tempo perdido» foram os seis de governação socialista.
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Sob o fogo cruzado da esquerda, no Parlamento, o ministro da Economia respondeu aos socialistas que consideraram, na terça-feira, que o Governo perdeu demasiado tempo até chegar ao acordo da concertação social.
«Tempo perdido foram seis anos sem reformas, tempo perdido foram os seis anos de governação», afirmou o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, durante o debate de atualidade sobre as alterações às leis laborais, que o BE agendou para esta tarde na Assembleia da República.
Antes, o deputado do PS Miguel Laranjeiro tinha deixado críticas ao acordo de concertação social, considerando que revela «falta de ambição» e apresenta lacunas ao nível do crescimento económico e do combate ao desemprego, além de representar «um momento perdido para a mobilização de toda a sociedade».
«O tempo passado na concertação social não é tempo perdido, é tempo ganho», reforçou Álvaro Santos Pereira.
Insistindo que a assinatura do acordo tripartido de concertação social, que juntou o Governo, o patronato e os sindicatos, com exceção da CGTP, foi um «dia histórico para Portugal», o ministro da Economia realçou ainda o «grande sentido de responsabilidade» demonstrado pelos parceiros sociais.
«Foi um dia em que Portugal ganhou, mostrámos que somos diferentes, que nos unimos em tempos de dificuldade e que unidos iremos vencer a crise», frisou.
Álvaro Santos Pereira declarou ainda que o acordo de concertação social assinado esta manhã na presença do primeiro-ministro «é o acordo mais abrangente» da história portuguesa recente e apontou alguns dos objetivos que será possível alcançar, como um mercado de trabalho mais dinâmico, mais mobilidade social, maior criação de emprego.
Além disso, acrescentou, o acordo garante direitos adquiridos dos trabalhadores, nomeadamente na questão das indemnizações, aposta nas políticas ativas de emprego e na formação dos desempregados.
«É um autêntico pacto de confiança, um acordo do diálogo», resumiu.
[Texto escrito conforme o novo acordo ortográfico»