Tensão no PSD? Montenegro elogia Miranda Sarmento e participa na próxima reunião da bancada
Miranda Sarmento acusou alguns deputados de "profunda cobardia que só prejudica o PSD".
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Joaquim Miranda Sarmento participou na reunião da comissão permanente do PSD, apresentou-se aos jornalistas ao lado do líder partidário, e ouviu Luís Montenegro elogiar o seu trabalho como líder da bancada. Além disso, na próxima reunião do grupo parlamentar, Montenegro vai marcar presença.
Em clima de tensão entre o líder da bancada e os deputados social-democratas, o presidente do partido vai medir o pulso aos problemas, olhos nos olhos, já na próxima quinta-feira, antes do debate potestativo marcado pelo PSD sobre os problemas na saúde.
Questionado se o lugar de Miranda Sarmento está em risco, Luís Montenegro não responde diretamente à pergunta, mas deixa elogios ao líder parlamentar, que termina mandato em julho de 2024.
"Eu estarei na próxima reunião do grupo parlamentar, ao lado do grupo parlamentar, como sempre estivemos, e sobretudo ao lado do seu líder, que tem feito um trabalho excecional à frente da bancada, concretizando desafios que temos pela frente de sermos uma oposição responsável, consistente, serena, firme e dedicada ao objetivo de governar Portugal", afirmou.
Miranda Sarmento foi o nome escolhido por Montenegro para liderar a bancada, depois da eleição como líder do PSD, retirando o lugar a Paulo Mota Pinto, indicado por Rui Rio.
"Estamos muito, muito satisfeitos com aquilo que fizemos, mas queremos fazer muito mais no caminho que prometemos de ressurgimento de um PSD pujante, enérgico, mobilizado e mobilizador para dar a Portugal uma nova maioria e um novo Governo", acrescentou.
O líder da bancada enviou uma mensagem aos deputados, na sexta-feira, depois de uma notícia do Observador que dava conta de que o líder parlamentar do PSD teria travado um requerimento sobre saúde, devido às ligações profissionais da sua mulher, que é médica no Santa Maria. Miranda Sarmento deixou ainda vários recados, acusando alguns deputados de "profunda cobardia que só prejudica o PSD".
"Que haja deputados que entendem que eu não sou um bom líder parlamentar, que não tenho perfil político e que outros seriam melhores líderes, é algo que posso aceitar, sem qualquer problema, quando as críticas são diretas e frontais", escreveu.