Terramoto em Portugal. Porto de Sines "a funcionar normalmente", infraestrutura está "preparada para crise sísmica"
Em declarações à TSF, José Luís Cacho, presidente do conselho de administração dos Portos de Sines e do Algarve, adianta que os trabalhos não pararam
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O sismo de 5.3 desta madrugada foi registado ao largo de Sines, cidade onde se encontra um dos mais importantes portos nacionais. A infraestrutura é essencial para o país no que toca ao abastecimento energético, com a receção de crude e gás natural. Em declarações à TSF, José Luís Cacho, presidente do conselho de administração dos Portos de Sines e do Algarve, que gere a infraestrutura, afirma que, apesar do abalo, o porto esteve sempre a funcionar normalmente.
"O sismo foi sentido durante um período curto de tempo e, apesar da intensidade ser significativa, não causou qualquer dano. Aqui no porto [de Sines], esteve tudo tranquilo, as coisas estão a funcionar normalmente", adiantou à TSF José Luís Cacho, sublinhando que a infraestrutura está preparada para este tipo de situações.
No entanto, reconhece o presidente do conselho de administração dos Portos de Sines e do Algarve, um eventual tsunami pode ser mais problemático, apesar de estarem a ser desenvolvidos estudos para prevenir estas situações.
"Todas as infraestruturas estão preparadas para uma crise sísmica, as coisas estão estudadas para esse objetivo, a única coisa que pode acontecer em caso de um sismo no mar, como este, é eventualmente provocar um efeito de tsunami. Aí as coisas são diferentes, apesar de termos algum estudo feito com Instituto Superior Técnico sobre o impacto que um sismo podia ter numa infraestrutura como os portos. Temos também avaliado algumas situações e temos a perspetiva de também poder melhorar e minimizar os efeitos de um acontecimento dessa natureza e, portanto, as coisas estão, de facto, preparadas. A própria infraestrutura está preparada para resistir a uma crise sísmica", garante.
O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado às 05h11 e teve epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal, não causou danos pessoais ou materiais até ao momento, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. O abalo foi sentido um pouco por todo o país, com maior impacto em Lisboa e Setúbal.
