Testemunha diz que Ferrostaal sofreu «pressões chantagistas» para pagar comissões
O ex-representante em Portugal da Ferrostaal disse, em tribunal, que a empresa alemã sofreu «pressões chantagistas» da ACECIA, para que houvesse pagamento de comissões, no âmbito das contrapartidas associadas ao negócio da venda de submarinos.
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Gil Correa Figueira foi gerente da Ferrostaal em Portugal durante mais de 20 anos, tendo saído em 2005, ao tempo de Paulo Portas, ministro da Defesa, porque percebeu, conforme explicou, que algo se passava em paralelo e que ele não tinha conhecimento.
«Algumas contrapartidas que foram tomadas em linha de conta levantaram dúvidas», afirmou.
O ex-representante em Portugal da Ferrostaal escolheu uma palavra: «Chamem-lhe o que quiserem. Eu chamo-lhe chantagem», disse.
Gil Correa Figueira saiu da empresa, entre outros motivos, por discordar deste pagamento, que diz que, afinal, não sabe se sempre foi feito.
No entanto, no seu entender, o negócio dos submarinos foi bom também para Portugal.