José Sócrates já reagiu à morte de Freitas do Amaral, que foi seu ministro dos Negócios Estrangeiros.
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José Sócrates reagiu esta quinta-feira à morte de Diogo Freitas do Amaral, recordando-o como uma figura com "raras qualidades". O ex-primeiro-ministro teve um papel importante na vida do fundador do CDS porque foi com a entrada para o primeiro Governo socialista de Sócrates, como ministro dos Negócios Estrangeiros, que Freitas do Amaral viria a selar o divórcio com a sua família política, à direita, em Portugal e na Europa.
"Sempre testemunhei as suas raras qualidades, não apenas de inteligência mas também de cultura política. Essa cultura humanística influenciou o projeto europeu, que foi sempre a orientação que seguiu em toda a sua longa carreira política", recordou José Sócrates em declarações à RTP.
Embora tenha permanecido menos de dois anos no Governo de Sócrates, entre 2005 e 2006, o "casamento" com os socialistas levou à suspensão do Partido Popular Europeu (PPE). Antes que a suspensão fosse oficializada, em abril de 2005, Freitas saiu pelo seu próprio pé.
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"Deixa-nos uma marca na história da política portuguesa, uma marca que enobrece a democracia e que serviu a ideia de um Portugal europeu, que foi sempre a sua orientação principal. Eu era deputado quando ele decidiu reassumir a sua posição de deputado para fazer um discurso pela Europa, numa altura em que nascia em Portugal uma cultura política cética relativamente ao projeto europeu", acrescentou o antigo primeiro-ministro.
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