No final de agosto de 2022, o valor total de títulos emitidos por entidades residentes era de 474.500 milhões de euros, menos 13.800 milhões de euros do que no final do mês anterior.
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Os títulos de dívida pública e as ações emitidas por empresas não financeiras desvalorizaram-se em 8.800 milhões e em 1.000 milhões de euros, respetivamente, em agosto, informou esta terça-feira o Banco de Portugal (BdP).
"Em agosto, os títulos de dívida emitidos por administrações públicas e as ações emitidas por empresas não financeiras desvalorizaram-se em 8.800 milhões e em 1.000 milhões de euros, respetivamente", avança o banco central nas estatísticas de emissões de títulos, hoje divulgadas.
Segundo BdP, no final de agosto de 2022, o valor total de títulos emitidos por entidades residentes era de 474.500 milhões de euros, menos 13.800 milhões de euros do que no final do mês anterior.
"Para este resultado contribuíram as amortizações de valor superior às emissões, assim como as desvalorizações", explica.
Em agosto, as amortizações de títulos foram superiores às emissões em 3800 milhões de euros em agosto, sendo que "as amortizações de títulos de dívida superaram as emissões em 4100 milhões de euros e, em sentido inverso, as emissões de ações superaram as amortizações em 300 milhões de euros".
Segundo o BdP, "o setor financeiro foi o que mais contribuiu para este resultado", com as amortizações de títulos a excederem as emissões em 2.800 milhões de euros.
As administrações públicas também amortizaram títulos num montante superior ao emitido, em 1.100 milhões de euros.
De acordo com o banco central, no final de agosto estavam previstas, para os 12 meses seguintes, amortizações de 36.100 mil milhões de euros, o que corresponde a 12,5% dos 288.000 milhões de títulos de dívida vivos naquela data.
"Destacavam-se as administrações públicas, com amortizações de 8.700 mil milhões de euros calendarizadas para outubro de 2022, o setor financeiro, com amortizações de 1.500 milhões de euros previstas também para outubro de 2022, e as empresas não financeiras, com 4.400 milhões de euros de amortizações agendadas para setembro de 2022", detalha.
No caso das empresas não financeiras -- explica -- as amortizações previstas "correspondiam, em larga medida, a papel comercial, um instrumento de financiamento de curto prazo muito utilizado pelas empresas portuguesas e que é habitualmente objeto de renovação, isto é, de amortização acompanhada de nova emissão, igualmente de curto prazo".
"É, por isso, previsível que se registe sistematicamente um valor elevado de amortizações calendarizadas para os 30 dias após o fim do mês", refere.
O BdP atualiza as estatísticas de emissões de títulos em 9 de novembro.